Art Drops - A Saliera de Cellini
- Carlos Henrique
- 11 de jun. de 2016
- 2 min de leitura

Francisco I da França foi rei durante 32 anos e, aparentemente, gostava muito de sal e pimenta. E também de se mostrar.
Foi ele quem começou a construção do Château de Chambord (um dos meus favoritos) e construiu o Fontainebleau, que serviu como sua residência.
Château de Fontainebleau





Galeria de Diana, a biblioteca do então castelo de Fontainebleau.

Benvenuto Cellini , um escultor, ourives, poeta, escritor, músico e soldado florentino nascido em 1500, estava trabalhando no castelo de Fontainebleau para Francisco I e terminou, em 1543, um saleiro com pimenteira que até hoje é aclamando como sendo a “Mona Lisa das esculturas”. Cellini é considerado um dos precursores e o maior expoente do maneirismo, um estilo artístico da alta renascença que precedeu o estio barroco.

Suas obras são detalhistas e teatrais e realçam a beleza das formas e o significado dos componentes da figura retratada de forma exagerada.
A Saliera de Cellini mostra o deus dos mares Netuno de um lado, segurando um tridente, deitado ao lado de uma embarcação que serve como saleiro. Na sua frente, a deusa Ceres, personificação feminina da Terra, o encara apalpando levemente a mama esquerda e está sentada ao lado de um pequeno arco do triunfo, que servia (não sei de que jeito) como pimenteira. A obra tem componentes de marfim, ouro e esmalte vidrado. A sua base tem 33,5 centímetros e a obra toda tem 26 centímetros de altura.
Em 2003 a Saliera foi roubada pelo especialista em alarmes de segurança Robert Mang, que durante três anos pediu um resgate de 12 milhões de dólares pela obra. Mang até ofereceu o tridente de Netuno como prova de que possuía a escultura. Ela foi encontrada numa caixa de chumbo enterrada num parque perto de Vienna e Robert foi preso.
A Saliera de Benvenuto Cellini agora se encontra no Museu de História da Arte, em Viena.












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